Objetivo do curso:

O curso propõe apresentar uma considerável introdução sobre como poderia ser a psicoterapia de crianças, na abordagem junguiana, baseadas em artigos de publicação internacional, livros e pesquisas que ainda não estão disponíveis em publicações de língua portuguesa.

Além da percepção de como se formam as estruturas mentais durante a infância, bem como falar das comunicações das instâncias ao redor da criança, como uma equipe necessária para o entrosamento do mais adequado às necessidades do infante: a família, a escola, a pediatria, e os profissionais de saúde mental.

É neste sentido que se propõe uma psicoterapia e uma pedagogia onde o trabalho com o pensamento concreto, na forma da brincadeira, da arte e da experimentação do vínculo contra transferencial com pessoas de referência é privilegiado, reconhecendo que ideias abstratas como castigos ou apenas o discurso de falas e orientações.

Nesta participação dos conteúdos trazidos espontaneamente pelas crianças, sem uma interpretação de conteúdo, mas com um vívido compartilhar, onde podem ser feitas perguntas que levem à reflexão e ampliação de consciência.

Veremos as contribuições de Wickes, aluna de Jung, no cuidado que se devia dar à família da criança, assim como os conceitos Fordham (que além de amigo e aluno, também foi organizador das obras completas de Jung) sobre uma nova perspectiva da função do Self, instância central da psique descrita por Jung, mas que na infância teria uma função diferente: coordenar a estruturação do ego.

No processo de entendermos como é construído o pensamento da criança, nos depararemos neste curso com situações corriqueiras não só dos aspectos da psicoterapia, mas também do dia a dia do lidar com os infantes.

Uma tema trazido para nossas aulas foi o da possibilidade de grupos terapêuticos com crianças, e para isso convidamos a psicóloga Irene Crespo, que trabalha com isso a mais de 30 anos.
Em duas aulas do curso, ela nos contará seu método e história.

Outra preocupação era darmos instruções iniciais sobre as práticas corporais.
Brincadeiras e estimulações feitas por um terapeuta, com o corpo da criança.
Neste sentido, fizemos com exemplos práticos (convidamos uma criança para o estúdio de gravação) e também a fundamentação do trabalho corporal, prática junguiana crescente e já tradicional, principalmente no Brasil.